Qual o verdadeiro impacto do sol na pele e como minimizá-lo?

Qual o verdadeiro impacto do sol na pele e como minimizá-lo?

Sabemos que a exposição do sol na pele deve ser controlada para evitar doenças, como o câncer e alguns tipos de melasma, o aparecimento de manchas, queimaduras, linhas de expressão e envelhecimento precoce.

No entanto, não podemos encarar o sol como um vilão, até porque, quando aproveitado no horário apropriado, ele traz benefícios importantes para a derme e para o organismo, como a absorção da vitamina D.

Como conquistar o equilíbrio, então? Neste post, vamos mostrar, entre mitos e verdades, qual o verdadeiro impacto do sol na pele, bem como a forma correta de se expor aos raios solares e como minimizar os efeitos indesejados. Acompanhe!

A cultura brasileira de tomar sol

Depois de uma semana de trabalho, o que mais queremos é descansar e ter um pouco de lazer. Ir à praia, lagoas e cachoeiras são alguns programas escolhidos por quem deseja se desligar do mundo, refrescar-se e curtir a natureza. Até aí, nada de errado. Entretanto, pecamos quando pensamos que podemos passar várias horas seguidas em ambientes abertos, expostos ao sol, e isso não nos trará nenhuma consequência.

Seja pela cultura do corpo perfeito e bronzeado ou apenas por negligência, a cultura brasileira de tomar sol precisa ser revista. Mesmo com o uso do protetor solar, a exposição prolongada traz prejuízos à pele. Isso acontece porque os filtros oferecem apenas uma proteção parcial.

Os raios UVB, responsáveis pelo avermelhamento da pele, agem diretamente no DNA das células dessa parte do corpo, o que causa um efeito inflamatório, que não é percebido visualmente. Por essa razão, ao usar o filtro, as pessoas não ficam vermelhas e, consequentemente, pensam que estão eficientemente protegidas, mas não estão. A falsa sensação de segurança faz com que permaneçam mais tempo no sol, o que é um grande risco à saúde.

Por outro lado, precisamos da luz solar para o bom funcionamento do nosso organismo, como a absorção da vitamina D. Então, o que fazer? É mais saudável se expor sem protetor em breves períodos para desfrutar desses benefícios? De certa forma, sim. Mas, nesse caso, é importante observar a particularidade de cada um.

Somente um dermatologista é capaz de investigar as condições do paciente, de forma a indicar, com base na rotina e no ambiente que essa pessoa vive, qual a quantidade de tempo ideal para ter contato com a luz do Sol, bem como os horários mais adequados. Portanto, em vez de seguir os costumes brasileiros, busque um profissional e trate da sua saúde com todo o cuidado que ela merece.

Cuidados ao tomar sol direto na pele

Engana-se quem pensa que só é preciso se preocupar com os impactos do sol na pele durante o verão ou em regiões ensolaradas, como o Norte e o Nordeste. Outro grande erro é não adquirir o hábito de usar protetor solar — isso mesmo, ele não é exclusividade da praia.

Até quem passa muito tempo em ambientes fechados, como escritórios, deve utilizar o produto, afinal, a luz refletida das janelas e a luz artificial também queimam o rosto e a pele. Pior que isso, embora combatido em inúmeras campanhas educativas ainda existem pessoas adeptas ao bronzeamento artificial — o UVA liberado por essas câmaras é mais alto que a radiação proveniente do sol.

Claro que as pessoas são responsáveis por suas próprias decisões, contudo, se você ignora as orientações médicas e insiste em cultivar esses maus hábitos, tenha em mente que essas atitudes trarão muitos prejuízos e doenças, como o envelhecimento cutâneo precoce e o câncer de pele.

Impactos do sol na pele

Ao ter contato com os raios UV (A, B e C), a pele sofre alterações a fim de se proteger contra danos. A camada superior da pele, a epiderme, engrossa para bloquear a luz. Em seguida, os melanócitos — pigmentos responsáveis pela produção de células dérmicas — produzem uma quantidade de melanina capaz de escurecer a pele, o que nós chamamos de “bronzeado”.

Ou seja, o bronzeamento é uma proteção natural do organismo contra a futura exposição à radiação UV. A melanina funciona como uma capa que absorve a energia da luz. Com isso, ela ajuda a prevenir que a radiação provoque lesões ou penetre mais profundamente nos tecidos. Portanto, a pele bronzeada é prejudicial à saúde.

Os impactos podem não ser perceptíveis de imediato, mas a longo prazo os efeitos afetam a saúde de forma grave e difícil de ser revertida. Afinal, há alterações nas funções biológicas, como o aumento da degradação das fibras de colágeno, aparecimento de manchas, ressecamento, rugas, flacidez e lesões permanentes.

As mudanças visíveis a curto prazo são as queimaduras solares em diferentes graus, tumores e alergias. Os casos mais graves envolvem o envelhecimento cutâneo e as mutações genéticas, que podem levar ao câncer de pele. Em todo caso, vale a máxima: “é melhor prevenir do que remediar”.

Além disso, é importante destacar que a sensibilidade à luz solar varia de acordo com a melanina da pele. Por exemplo, pessoas com a pele mais escura têm mais desse componente — isto é, apresentam maior proteção contra os efeitos nocivos do sol, mas isso não a isenta do uso do protetor. Já quem tem a pele mais clara tem reações praticamente imediatas à exposição, portanto, precisam de atenção redobrada.

E não pense que não há necessidade de adotar cuidados com a pele no inverno, pois a radiação UVA tem intensidade constante durante todo o ano, atingindo a pele da mesma forma tanto no inverno, quanto no verão. Ela também é a principal responsável pelo fotoenvelhecimento.

Já a radiação UVB tem maior incidência durante o verão, principalmente no horário de 10 a 16 horas, considerado crítico. Nesse caso, os raios penetram a pele superficialmente, mas são responsáveis pelas alterações celulares capazes de desenvolver o câncer de pele.

Como se expor ao sol e evitar danos à pele

Depois de ter esse panorama sobre os efeitos negativos da radiação solar, chegou a vez de conhecer o lado positivo. A estimulação da produção de vitamina D é o maior exemplo, pois ela ajuda a controlar algumas doenças crônicas de pele, como a psoríase, e promove uma sensação de bem-estar.

Veja, a seguir, como aproveitar esses benefícios de forma saudável.

Evite se expor ao sol em horários de pico

O nível de radiação entre as 10 e 16 horas é muito alto, portanto, ele deve ser evitado. É importante também conferir as previsões do tempo e, caso haja uma recomendação sobre o horário mais crítico, leve-o em consideração. Além disso, lembre-se de que o Sol em excesso não prejudica apenas a pele, mas os olhos e também provoca desidratação.

Outro ponto importante é que as crianças têm a pele mais sensível e, por isso, devem tomar Sol no começo da manhã ou no final da tarde — entre 7 e 9 horas ou depois das 16h. Além do mais, é preciso ficar atento à frequência em que o protetor solar deve ser reaplicado. Nesse caso, os bebês merecem ainda mais atenção, pois o tempo de exposição adequado depende do tipo de pele, por essa razão, é imprescindível consultar um médico antes.

Use protetor solar

O protetor solar deve ser usado sempre, seja em locais abertos ou fechados, em períodos de exposição curtos ou longos, em dias ensolarados ou nublados. Além disso, é importante seguir as orientações do fabricante. Uma boa escolha é aplicar o produto 30 minutos antes de sair, para que a pele o absorva bem, e refazer a aplicação a cada duas horas ou após sair da água.

O produto ideal deve ser escolhido de acordo com o seu tipo de pele — as crianças têm protetores específicos para a sua faixa etária — e com a sua rotina, seguindo a recomendação médica do dermatologista. Desse modo, opte por um item que seja conveniente à sua rotina e fácil de aplicar.

Use barreiras físicas

Além do protetor, roupas e acessórios como óculos e chapéus, ajudam na proteção e são recomendados para todas as idades. Quando for à praia, busque abrigo em guarda-sóis, pois a areia da praia reflete a luz solar e também queima a pele.

As roupas com tecidos de proteção dos raios UVs também são bem-vindas, principalmente nas crianças. Os idosos devem proteger bem a cabeça, pois como muitos ficam sem o couro cabeludo, a incidência é maior. Sendo assim, chapéus, bonés e boinas são ótimos para proteger a cabeça, as orelhas e o nariz.

Além disso, os óculos escuros são indispensáveis, pois evitam lesões graves nos olhos, que podem desenvolver catarata e fotoconjuntivite. No entanto, não basta escolher qualquer acessório, é preciso que ele tenha certificação contra os raios UVA e UVB, seguindo os padrões recomendados pela Academia Americana de Oftalmologia (AAO), com capacidade de filtrar 99% da radiação.

Opte pelo bronzeamento saudável

Sabemos que o bronzeamento artificial é muito prejudicial à saúde e deve ser descartado. O natural, bem como as receitas caseiras, também não são adequados. Todavia, frutas e legumes ricos em betacaroteno, como a laranja, a cenoura e a beterraba, estimulam o bronzeado de forma saudável.

Além do mais, o mercado já disponibiliza cosméticos que potencializam o bronzeado: os autobronzeadores. Eles devem ser passados com uniformidade na pele e em ambientes fechados. Dessa forma, em alguns minutos, a pele fica ainda mais bonita e iluminada.

Adote uma rotina de autocuidado após a exposição solar

Para evitar o ressecamento, crie uma rotina para reestruturar as barreiras de proteção da derme. Por exemplo, hidratantes com ureia ou óxido de zinco na composição são ideais para o momento pós-sol. Assim, aplique uma camada generosa em toda a pele e deixe-a descansar.

Fortaleça a hidratação

Se precisamos manter a hidratação constante em dias normais, durante a exposição ao sol ela deve ser intensificada. E não espere sentir sede para beber água, pois ela já é um sinal de desidratação. Tome líquidos como água, água de coco e sucos naturais antes, durante e após o contato com o sol. Crianças e idosos precisam de mais atenção quanto à frequência da ingestão desses líquidos. Os cabelos também sofrem com esse problema, sendo assim, aplique produtos com filtro solar antes da exposição e hidratantes ao retornar da praia.

Como lidar com queimaduras e envelhecimento precoce da pele

Se você coloca a saúde em primeiro lugar, a beleza e firmeza da sua pele estarão garantidas. Porém, quando a prevenção não é suficiente ou ocorre alguma lesão, é preciso agir de forma mais efetiva.

A seguir, confira algumas recomendações de como proceder quando os prejuízos acontecem de fato!

Envelhecimento precoce

Os sinais de envelhecimento precoce são percebidos pelas alterações na pele, com o surgimento de rugas, olheiras, melasmas, bigode chinês, flacidez, manchas e ressecamento. Para combatê-los, basta adotar uma rotina saudável com a prática de exercícios físicos e alimentação balanceada. Com o tempo, você verá que os benefícios estéticos serão uma consequência.

No entanto, conhecer alguns segredos para potencializar esse efeito também ajudam no processo, como o uso de ativos antioxidantes que combatem a formação de radicais livres, produtos que estimulam a produção do colágenos, silicone, tratamentos com a luz pulsada para combater manchas e vasos, cuidados com a pele na meia-idade, uso de ácido hialurônico e vitamina C, além dos alimentos que estimulam a síntese de componentes naturais que auxiliam a saúde da cútis.

Queimaduras

A pele queimada pelo sol apresenta sintomas como vermelhidão, dor, comichão e calor ao toque. Eles podem surgir de imediato ou algumas horas depois. Nos casos mais graves, podem provocar bolhas, calafrios, tontura, temperatura muito alta e enjoos.

A primeira atitude a ser tomada é garantir um abrigo distante do sol para que as suas células não sofram ainda mais. Se não causar dor, coloque uma compressa fria no local afetado ou tome um banho com água fria para acalmar a pele. Em seguida, beba muita água para reabastecer os fluidos do seu corpo. Caso não melhore, busque ajuda médica.

Viu só como é alarmante o impacto do sol na pele? Os efeitos negativos que surgem a curto e longo prazo trazem prejuízos indesejáveis e até permanentes ao organismo. Portanto, coloque a sua saúde em primeiro lugar e siga as recomendações médicas. Além disso, conte com um dermatologista para definir o seu tipo de pele, o fator de proteção, o horário e duração de exposição ideal. Assim você estará sempre linda e saudável!

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